Diante
de uma necessidade urgente de solucionar o que Duarte Junior chama de "crise da modernidade" ele cria uma tese : O sentido dos sentidos: a
educação (do) sensível, ao desenvolver o conteúdo se debate em 3 temas
importantes : a supremacia econômica ditando as regras; o corpo com seus
saberes que foi comparado a uma máquina e separado da mente racional e
instrumental, compreendendo que a dualidade corpo/mente, subjacente à divisão
sujeito/objeto, imprescindível à ciência, precisa ser superada focalizando um
saber mais abrangente e integrado. Para o autor Saber está relacionado ao sensível
e o conhecer ao inteligível.
Com
esta ideia podemos comparar o plano orientador da UFSB com essa tese e afirmar com
evidencias que ambas trabalham com a ideia da educação do sensível, e ampliando
para uma educação dos sentidos partindo de nosso cotidiano, evoluindo e
chegando até o ensino da arte pautado nas vivências, experiências e reflexões
pessoais dos alunos. A educação para Duarte Júnior compreende uma integração
mais profunda do pensamento, do sentimento e da percepção, provocando maior
sensibilidade em face da existência revelando-se como objetivo principal do ensino.
Reconhecemos assim uma validade a educação dos sentidos que possa ser distribuída
no ensino da arte, enfatizando a importância de prestarmos atenção a essa
possibilidade de conhecer, de trocar energias pelo tato, pela pele, pelo olhar,
desenvolvendo a sensibilidade. A atenção a esses sinais pode trazer mais
sentido à existência de cada um, abrir-nos aos saberes do corpo e a uma
vivência expressiva e transformadora, que pensamos ser significativa para a
educação. Duarte Júnior destaca o perigo dos extremos tanto da sensibilidade
quanto da acessibilidade e que a busca está no equilíbrio – se é que podemos
afirmar que haverá um equilíbrio ou, melhor, uma reciprocidade – entre a
compreensão do saber racional e o saber com o corpo para o entendimento mais
amplo da vida e a reorientação do estar-no-mundo.
Tudo
isso contribui para o desenvolvimento de pessoas mais plenas e inteiras nas
suas relações com o mundo, criando princípios humanos sobre os quais poderemos
elaborar novos parâmetros do conhecimento, para o saber mais fundamental: o
saber viver.
(www.mdig.com.br)
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