terça-feira, 17 de julho de 2018

Experiência do Sensível: Pensar no Sensível

Diante de uma necessidade urgente de solucionar o que Duarte Junior chama de  "crise da modernidade"  ele cria uma tese : O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível, ao desenvolver o conteúdo se debate em 3 temas importantes : a supremacia econômica ditando as regras; o corpo com seus saberes que foi comparado a uma máquina e separado da mente racional e instrumental, compreendendo que a dualidade corpo/mente, subjacente à divisão sujeito/objeto, imprescindível à ciência, precisa ser superada focalizando um saber mais abrangente e integrado. Para o autor Saber está relacionado ao sensível e o conhecer ao inteligível.  
Com esta ideia podemos comparar o plano orientador da UFSB com essa tese e afirmar com evidencias que ambas trabalham com a ideia da educação do sensível, e ampliando para uma educação dos sentidos partindo de nosso cotidiano, evoluindo e chegando até o ensino da arte pautado nas vivências, experiências e reflexões pessoais dos alunos. A educação para Duarte Júnior compreende uma integração mais profunda do pensamento, do sentimento e da percepção, provocando maior sensibilidade em face da existência revelando-se como objetivo principal do ensino. Reconhecemos assim uma validade a educação dos sentidos que possa ser distribuída no ensino da arte, enfatizando a importância de prestarmos atenção a essa possibilidade de conhecer, de trocar energias pelo tato, pela pele, pelo olhar, desenvolvendo a sensibilidade. A atenção a esses sinais pode trazer mais sentido à existência de cada um, abrir-nos aos saberes do corpo e a uma vivência expressiva e transformadora, que pensamos ser significativa para a educação. Duarte Júnior destaca o perigo dos extremos tanto da sensibilidade quanto da acessibilidade e que a busca está no equilíbrio – se é que podemos afirmar que haverá um equilíbrio ou, melhor, uma reciprocidade – entre a compreensão do saber racional e o saber com o corpo para o entendimento mais amplo da vida e a reorientação do estar-no-mundo.

Tudo isso contribui para o desenvolvimento de pessoas mais plenas e inteiras nas suas relações com o mundo, criando princípios humanos sobre os quais poderemos elaborar novos parâmetros do conhecimento, para o saber mais fundamental: o saber viver.
(www.mdig.com.br)

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